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Neurônios artificiais e biológicos se comunicam entre si pela primeira vez

  • Multiversolab7
  • 31 de mar. de 2020
  • 2 min de leitura

Cientistas europeus, do Reino Unido, Suíça, Alemanha e Itália desenvolveram uma rede neural, permitindo que neurônios artificiais e biológicos se comunicassem pela internet.

A evolução das técnicas de intervenção nas funções cerebrais estão avançando em ritmo acelerado, cientistas europeus, do Reino Unido, Suíça, Alemanha e Itália realizaram um estudo recente que pode mudar os caminhos da medicina e das tecnologias. Eles desenvolveram uma rede neural, permitindo que neurônios artificiais e biológicos se comunicassem pela internet.

Esse projeto ainda está em suas primeiras fases. O estudo envolveu o desenvolvimento de células cerebrais de ratos em laboratórios. Os neurônios biológicos foram transmitidos da Itália para Zurique, mas a comunicação reversa também aconteceu, o que serviu para mostrar que eles podem sim se comunicar em tempo real, embora distantes.

Segundo o professor do departamento de ciências biomédicas da Universidade de Pádua, na Itália, Stefano Vassanelli, a pesquisa serviu para mostrar que células cerebrais diferentes podem se comunicar. “Pela primeira vez, demonstramos que neurônios artificiais em um chip podem ser conectados a neurônios cerebrais e se comunicar falando a mesma linguagem”, disse.

Vassanelli explicou como o procedimento foi desenvolvido: “Neurônios artificiais e cerebrais foram conectados através de memristores (componente eletrônico) em nanoescala capazes de emular funções básicas de sinapses reais, aquelas conexões naturais entre neurônios responsáveis pela transmissão de sinais entre neurônios que assumem a maior parte do processamento no cérebro”, comentou.

Neurônios artificiais e biológicos formam um cérebro híbrido

O professor italiano destacou que sons seriam interessantes para um implante neural, possibilitando que as redes neurais do cérebro e as artificiais se entendessem. Além disso, acredita que existe outra aplicação interessante para esse sistema desenvolvido e estudado na Europa.

“A longo prazo, a ideia é usar redes artificiais de neurônios spikes para restaurar a função em doenças cerebrais focais, como Parkinson, derrame ou epilepsia”, disse Vassanelli. Lembrando que as pesquisas recém foram iniciadas e que para chegar no tratamento de doenças vai levar um bom tempo, ainda assim é uma boa notícia.

Vassanelli explicou que os neurônios que produzem silício atuam como neuroprótese, servindo para estimular os neurônios naturais, ajudando na recuperação deles.

Mais sobre o projeto

O projeto que une neurônios artificiais e biológicos para a comunicação é financiado pela União Europeia. A tecnologia desenvolvida é aplicada em animais vivos, junto com a apresentação de um protótipo de neuroprótese semelhante ao cérebro. O material foi apresentado no artigo “Sinapses memristivas conectam neurônios cravadores de cérebro e silício”, publicado pela revista Scientific Reports.

No conteúdo é apresentado que a cinética e a tecnologia evoluíram nos últimos anos, permitindo que dispositivos baseados no cérebro pudessem ser tirados do papel. Por enquanto, esse tipo de comunicação depende de sinais de pico e estratégias de processamento, a expectativa é de que no futuro os memristores em nanoescala possam fazer esta ligação.

Os memristores são controlados por um computador, que faz todas as comunicações por meio de uma interface. O software foi desenvolvido para transportar informações até o neurônio artificial ou biológico.

O melhor de tudo é que a estimulação para a produção de neurônios não foi invasiva. Claro, todas as experiências seguiram a lei italiana e europeia, protegendo as cobaias tão importantes neste tipo de trabalho.

Fonte: https://socientifica.com.br/2020/03/03/neuronios-artificiais-e-biologicos-se-comunicam-entre-si-pela-primeira-vez/

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