Unicamp e Unifesp desenvolvem inovador diagnóstico de doenças mentais
- Multiversolab7
- 26 de set. de 2016
- 2 min de leitura
Unicamp e Unifesp desenvolvem método que permite fazer diagnóstico de doenças como a esquizofrenia e transtorno bipolar pela análise do sangue e biomarcadores capazes de determinar o melhor tipo de medicação.
A professora Ljubica Tasic, do Instituto de Química (IQ) da Unicamp, utiliza biologia química e necessita apenas de uma pequena quantidade de sangue coletado do paciente (cerca de 250 microlitros), diluído e analisado por meio de Ressonância Magnética Nuclear (RMN). "Por meio de um modelo gerado por quimioterapia, cada espectro é classificado em amostra doente ou saudável. A separação de grupos é dada pela variação dos dados de Ressonância Magnética Nuclear, que são usados para identificação de biomarcadores presentes em grupos distintos ou em ambos os grupos apenas variando a concentração”.
Atualmente o diagnóstico é impreciso e demorado pois é feito por uma avaliação em consultórios psiquiátricos, sem testes clínicos “A presente invenção pode melhorar não somente o diagnóstico, mas também a escolha do tratamento para cada indivíduo, bem como o seu acompanhamento, que seria feito com a mesma técnica do diagnóstico, verificando como os dados obtidos de um paciente doente se aproximam de um saudável”, comenta Ljubica. “Os transtornos mentais como a esquizofrenia e o transtorno bipolar são um grande desafio para o sistema de saúde, trazendo sérias consequências financeiras tanto para países desenvolvidos, quanto para o Brasil.
A ausência de cura e as limitações dos tratamentos disponíveis são reflexos do conhecimento limitado que se tem do cérebro e de seus mecanismos moleculares e celulares que regulam as suas funções”, aponta a professora. “A nossa inovação abre a possibilidade de monitorar os efeitos de fármacos usados nos tratamentos dessas doenças mentais graves”, completa a docente.
Segundo a reportagem da Unicamp, ela alerta ainda para o número crescente de pessoas com distúrbios mentais na população. Conforme dados levantados pelos responsáveis, as doenças mentais graves, como a esquizofrenia e o transtorno bipolar acometem de 1 a 3% de população mundial. “Isso é de grande importância para melhoria da qualidade de vida de um doente e para sociedade em geral. Com a saúde melhorada e os sintomas da doença diminuídos e sob controle, mesmo sem a cura, o paciente poderia interagir com a sociedade”, comenta, apontando para o viés social do método.
Resultado de pesquisa colaborativa entre as duas instituições de ensino, os estudos receberam aporte financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estudo de São Paulo (Fapesp). Atuaram também no desenvolvimento da tecnologia: Ronei Jesus Poppi, docente do IQ da Unicamp e as professoras Elisa Brietzke e Mirian Hayashi, da Unifesp.
Interessados no licenciamento da tecnologia devem entrar em contato com o Setor de Parcerias da Agência de Inovação Inova Unicamp, pelo parcerias@inova.unicamp.br ou pelos telefones (19) 3521-2552 ou 3521-2607.
Fonte: http://www.inova.unicamp.br/noticia/tecnologia-possibilita-diagnostico-de-doencas-mentais-pela-analise-do-sangue/
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