Como nossos cérebros são biologicamente ajustados para serem influenciados por pessoas confiantes
- Multiversolab7
- 18 de nov. de 2016
- 2 min de leitura

Cientistas descobriram que a influência de pessoas confiantes pode ser devido a nossa biologia.
Estudando a atividade do cérebro, os academicos discerniram que o cérebros humano é configurado para dar valor acrescentado em opiniões de pessoas confiáventes. A pesquisa, publicada hoje no 'Journal of Neuroscience' e liderada pelo psicólogo da Universidade de Sussex, Dr. Daniel Campbell-Meiklejohn, identificou uma região do cérebro que responde a opiniões confiantes (mas não desconfiadas) dos outros quando tomam decisões.
Os cientistas examinaram os cérebros ativos de 23 voluntários saudáveis e descobriram que as expectativas de sucesso poderiam ser influenciadas por três elementos-chave: experiência pessoal, aprender o que a maioria das pessoas acredita e, mais importante, aprender o que pessoas confiantes acreditam.
Os dois primeiros tiveram efeitos generalizados sobre o sistema de recompensa do cérebro, que prediz como estaremos satisfeitos quando escolhemos algo. As opiniões de pessoas confiantes, entretanto, tiveram um efeito adicional neste sistema de recompensa - e somente em uma parte do cérebro que apareceu mais tarde em nossa evolução.
Discutindo a pesquisa, o Dr. Campbell-Meiklejohn disse:
"Este efeito adicional parece ser o mecanismo pelo qual a confiança dos outros pode dar segurança em nossas ações. Nosso achado sugere que a transmissão social de crenças e preferências não é tão simples como copiar a pessoa ao seu lado. Outros elementos estão claramente em jogo durante o processo de tomada de decisão. "
Os pesquisadores observaram que essa atividade extra ocorre ao lado de uma área cerebral que nos ajuda a considerar o que os outros estão pensando. Isso é importante para a próxima etapa, que é descobrir o que o cérebro está realmente fazendo quando observamos pessoas confiantes.
"Agora podemos considerar que esta parte do cérebro pode inferir, correta ou incorretamente, a qualidade da informação da pessoa confiante antes de decidir se deve ou não deixar que essa pessoa mude nossas crenças", acrescenta o Dr. Campbell-Meiklejohn.
"No clima político de hoje em particular, devemos estar cientes de que quando os fatos não estão claros, podemos estar biologicamente ajustados para permitir que pessoas aparentemente confiantes mantenham mais influência em nossas próprias crenças".
O estudo foi concluído em conjunto com pesquisadores da Universidade Aarhus, University College London e Princeton University.
Fonte: http://www.jneurosci.org/content/early/2016/12/09/JNEUROSCI.4490-15.2016.1
http://medicalxpress.com/news/2016-12-brains-biologically-tuned-confident-people.html
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